sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO DO 6º ANO DE HISTÓRIA
ISIS DAYLANE, MONALISA E PAULO HENRIQUE

INTRODUÇÃO:

     O trabalho de cunho científico propõe uma análise reflexiva do material didático utilizado nas escolas de Ensino Fundamental, e essencialmente, do 6° ano. Nessa perspectiva o estudo dar- se mediante ao paralelo que será estabelecido entre o objeto de estudo e a fundamentação teórica adquirida nas aulas de História Antiga I. A civilização egípcia irá ser o foco narrativo da resenha crítica, assim como iremos analisá-la numa perspectiva crítica de como esta está sendo reproduzida nos livros didáticos.

FORMATO DO LIVRO:

     O livro em análise é da Editora Saraiva, sua capa vem com o título “Novo História” conceitos e procedimentos de Ricardo Dreguer e Eliete Toledo. Em destaque na capa há a fotografia da pintura rupestre no Parque Nacional de Tassili N’ajjer, Argélia. Fazendo uma analogia as grandes civilizações pesquisadas próximas a essa região, com isso relacionando ao Período Pré-Histórico a imagem que enaltece a argila presente naquela região. O livro expõe além do conteúdo pinturas rupestres, monumentos, esculturas, ilustrações animadas, mapas, artefatos e objetos distribuídos em cada unidade. Os títulos e subtítulos apresentam-se em cores vivas e letras maiores. Ao longo do contexto palavras chaves se diferenciam em negrito. Em meio ao conteúdo encontram-se textos com caráter complementar, com ilustrações e páginas com cores diferenciadas como forma de apreender o conhecimento. A qualidade do papel e das reproduções é de boa qualidade, no qual as primeiras páginas apresentam o livro em diferentes tempos e espaços da história da humanidade, assim como sistematizando as civilizações por uma linearidade, mas há unidades em que se é necessário desenvolver procedimentos como observação e comparação de civilizações. O conteúdo deste livro está organizado em quatro unidades de trabalho, cada qual contendo dois ou mais capítulos. As unidades apresentam conteúdos que abrangem diferentes sociedades de um mesmo período histórico ou diferentes períodos da história de um mesmo povo. Vale ressaltar que cada unidade possui uma abertura: primeiras ideias, o que vai se estudar indicações de livros, questões-problemas, a vida cotidiana trabalha com mapas, trabalho com fontes históricas, atividades lúdicas, propõe um diálogo com o presente expondo dessa forma outras visões a cerca do tema em discussão, tendo como base as atividades que instigam o professor e aluno à pesquisa, trabalhos interdisciplinares e debates para a ampliação dos temas estudados. Ao analisar as apresentações gráficas do material didático notamos precisões nas informações fornecidas para leitura e compreensão da imagem, no qual propõe uma visão mais ampla do território onde há milhares de anos foi instituída grandes civilizações e Impérios. Assim como mostrando seu modo de vida, sua formação e organização política, econômica, social e religiosa. A ausência do glossário evidenciou na análise dificuldades na ampliação de palavras e terminologias impregnadas no livro em relevância, mas apesar dessa ineficiência a linguagem é clara e coesa, propiciando ao longo dos textos um entendimento mais completo. Os autores na elaboração do material didático se fundamentaram em grandes textos diversificados que relacionam teoria e prática do ensino em História. Eles analisam as referências e introduzem o que é cabível para o público alvo, colocando em confronto as ideias dos pesquisados.

 O CONTEÚDO HISTÓRICO ESCOLAR:

O livro didático analisado propõe uma sistematização dos eventos históricos, tendo como finalidade estabelecer uma compreensão mais vasta sobre História Antiga. Para garantir esses objetivos, adotou-se nesta coleção uma forma de seleção e organização dos conteúdos que ficou conhecida como “história integrada”. A principal característica dessa abordagem é a introdução do tempo sincrônico, que permite estabelecer relações e comparações entre sociedades que viveram em diferentes espaços num mesmo tempo cronológico. A manutenção da sequência cronológica garante também uma análise processual, além de possibilitar a construção gradual das noções de tempo pelos alunos. O sumário está dividido em uma breve introdução no qual instiga o aluno e professor a refletir sobre a cronologia dos fatos, assim como a primeira unidade procura explicitar a construção da humanidade nos Períodos Paleolítico e Neolítico. Enfatizando Os Primeiros Habitantes do Brasil através de vestígios e hipótese levantados pelos pesquisadores. Na segunda unidade aborda as grandes civilizações da África: os egípcios e Núbios, no qual o Egito se destaca como uma das maiores civilizações do mundo. As civilizações da Ásia como a Mesopotâmia, Hebreus e Chineses estão em destaque no conteúdo. Para concluir os estudos desta unidade a América entra na discussão com os povos do México e Peru. Nas unidades três e quatro partimos para a Europa com o estudo do Período Clássico. Com o enfoque no mundo grego como também no Império Romano. Com relação à bibliografia utilizada pelos autores, eles fundamentaram suas pesquisas em obras de grandes nomes que ganharam destaque no campo da História como: Circe Bittencourt, Vavy Pacheco Borges, Peter Burke, Jacques Le Goff, Roque de Barros Laraia e Jayme Pinsk, dentre outros. Para o aperfeiçoamento do professor e aluno que se utilizar deste material como ferramenta de conhecimento, os autores sugerem dicas de materiais audiovisuais (documentários e filmes) e livros infanto-juvenis que estão de acordo com a faixa etária do público alvo. Com esses instrumentos os usuários não se limitariam exclusivamente a uma única fonte de informações. Os autores se preocupam em explicitar o conteúdo de forma simples, usando de termos de fácil compreensão. No qual a utilização de conceitos permite um diálogo constante entre diferentes tempos históricos, um dos principais objetivos da História, é possibilitar a partir desses conceitos identificarem semelhanças-diferenças e de mudanças-permanências entre as diversas experiências humanas, evitando as generalizações e os anacronismos.

CONTEÚDOS PEDAGÓGICOS:

Ao iniciar cada capítulo faz-se uma pequena apresentação sobre o conteúdo que será desenvolvido ao longo do mesmo, além de abordar algumas questões-problema para instigar a reflexão do aluno acerca da construção do conhecimento adquirido por ele. Integrado aos capítulos há atividades que enriquecem as aulas como, por exemplo, o trabalho com fontes históricas, essa é uma atividade que propõe uma espécie de contato entre o estudante e as antigas civilizações, pois esta apresenta constituída de elementos já que eles não têm acesso a esses subsídios. Essas atividades permitem ao aluno se aproximar-se dos procedimentos de trabalho do historiador por meio da análise de diferentes tipos de fonte histórica, como pinturas, cartas, gravuras, fotografias, relatos de viagem, poesias, jornais, letras de canções, vestígios arquitetônicos, instrumentos, testamentos, registros governamentais, entre outros. Seguindo essa proposta é considerado e relevante a faixa dos alunos ao propor, em cada uma das quatro unidades da coleção, atividades com uma gradação progressiva de aprofundamento na análise dessas fontes. A discussão dos objetivos do ensino de história foi colocada em questão às bases pedagógicas e as práticas do ensino dessa disciplina. A discussão esteve vinculada à difusão de uma nova abordagem do processo de ensino e aprendizagem. De acordo com essa abordagem, conhecida como construtivista, aprender não é copiar ou reproduzir a realidade: uma aprendizagem só é considerada significativa quando se constrói um sentido próprio e pessoal para um objeto de conhecimento. A elaboração do livro didático necessitou a divisão de tarefas, ou seja, foram formadas equipes que focalizaram seus estudos com limitações como pesquisas de textos, iconografia, ilustrações, mapas, recursos audiovisuais, e entre outros. No entanto essa divisão não foi um descompasso, porque as atividades pedagógicas se encarregaram em favorecer atividades que estão em sincronia com o conteúdo, sendo então nítido a continuidade e aprofundamento do conteúdo em foco.

RESENHA CRÍTICA:

O trabalho avaliativo proposto pela professora Leyla Karoliny mediadora da disciplina de História Antiga I instigou ao grupo a pesquisa, análise e uma compreensão mais vasta a respeito da didática do ensino de História empreendido no 6° ano do Ensino Fundamental. O Egito ganhou destaque como uma das maiores civilizações do continente Africano, tendo em vista que muitos pesquisadores consideram a África como o berço da humanidade. O material didático utilizado pelo grupo para a realização do nosso trabalho, traz em seu conteúdo textos muito interessantes a respeito da civilização egípcia, civilização esta escolhida por nós para uma analise mais aprofundada acerca dos temas apresentados no livro. A obra de Ricardo e Eliete faz uma explanação da história dos egípcios abordando desde a formação até a consolidação do Estado no Egito, além de informações sobre o comercio, as cidades, os conflitos, a religião os períodos da história egípcia, a organização politica e administrativa daquele povo.

Ao analisarmos a obra “Nova História” de Ricardo Dreguer e Eliete Toledo, percebemos a importância desse material como ferramenta de trabalho para o professor e fonte de informações para os estudantes. Entendemos o valor do livro didático como um suporte importante para que seja desenvolvido um bom trabalho em sala de aula. O professor não deve só limitar-se ao livro didático, mas a outros recursos audiovisuais, pesquisa com outras fontes que enriquecem e ampliam o conhecimento, acarretando assim num melhor rendimento desse profissional que atua na disciplina de História. Ao término do nosso trabalho concluímos que a obra por nós analisada proporciona aos leitores uma compreensão dos conteúdos abordados no 6° ano, mas precisamente ao que se refere às civilizações antigas.

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